texto por Patrícia Tittoto, pela Comissão Cultural da V Bienal
Magda é musicista (arranjadora, compositora e intérprete), além de pesquisadora da música de diferentes povos há mais de vinte anos. Graduada em regência pela ECA-USP, também é mestre em antropologia pela PUC-SP e Doutora em Performance and Creative Arts pela Universidade de Leiden, na Holanda.
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Dirige e produz o Mawaca, um grupo que recria músicas de tradições do mundo todo, com turnês realizadas pela Alemanha, Bolívia, China, Espanha, França, Grécia e Portugal; produzindo também seus CDs/DVDs, assim como de vários outros artistas.
Além do contato com grupos indígenas da Amazônia, realizou intercâmbios com os músicos: Ikolen-Gavião (RO), Paiter Suruí (RO), Kambeba (AM), Huni Kuin (AC), Karitiana (RO), Comunidade Bayaroá (AM) e com os Guarani Kaiowá (MS), no projeto “Música Indígena no Palco”.
Foi diretora musical da Orquestra Mediterrânea – junto a Carlinhos Antunes e Lívio Tragtenberg – montagem do Sesc que envolveu 21 músicos de países mediterrâneos. Desenvolveu projetos no Terceiro Setor: Meninos do Morumbi, Ação Comunitária, Grupo de Refugiados no Sesc Carmo.
Coordena o espaço cultural Estúdio Mawaca, além de ministrar palestras, oficinas e cursos de músicas do mundo e de cultura indígena brasileira na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (UNESPAR), sendo, ainda, professora convidada no Instituto Singularidades e, na Faculdade de Educação da UNICAMP, para ministrar a disciplina Musicalidades indígenas.
Publicou livros em co-autoria com outros escritores: De todos os cantos do mundo (Cia. das Letrinhas, 2008), Contos Musicais (Leya, 2014), Outras terras, outros sons (Callis, 2003), A grande pedra (Formato, 2015), A floresta canta: uma expedição sonora por terras indígenas do Brasil (Peirópolis, 2015) e Cantos da Floresta – Iniciação ao universo musical indígena (Peirópolis, 2017).
Na área de educação musical, tem ministrado cursos e oficinas de músicas indígenas para professores e interessados em geral, como: ABRAORFF, FLADEM (internacional e nacional), TECA Oficina de Música, San Cugat e Sevilha–Harmony Games, congressos de Etnomusicologia e Antropologia. É coordenadora do estado de São Paulo do Fórum latinoamericano de Educação Musical (Fladem Brasil).
Magda, uma inveterada resgatadora da parte da história oral brasileira vívida na alma indígena – por muito desprezada pelos colonizadores e desconhecida por tantos de nós – nos ensina que não é possível deixar no singular tamanha diversidade quando se fala sobre os povos indígenas no Brasil. Ela própria uma habitante das experiências desse universo sonoro tão rico em sua multiplicidade, coloca-nos o quanto torna-se necessário desconstruir, além dos arraigados preconceitos sobre os povos indígenas, o próprio conceito de música.
A V Bienal nos abre uma inusitada clareira para que possamos participar da intrincada relação entre a narrativa e a música, deste repertório amplo de humanidade. Não perca!
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