O sertão vai virar mar, dá no coração o medo que algum dia o mar também vire sertão!
Esse é um clássico da música popular brasileira, canção de Sá e Guarabyra de 1977, que mostra de forma marcante como a relação do homem com a natureza poderia promover profundas e irreversíveis alterações em nosso espaço geográfico. No espaço mental essas dimensões, mar e sertão coexistem.
Nesse momento, onde o isolamento social vivido em consequência da pandemia do COVID19 promoveu extremas vivências de faltas, vazios e desesperanças… O projeto “quem ouve um conto sonha outro conto” procura povoar com poesia e sonhos o nosso sertão e nos ajudar a transitar pelas diferentes dimensões: do popular ao erudito, do jagunço ao doutor, do sertão ao mar.
Para isso convidamos para “quem ouve um conto sonha outro conto” nossa querida: Ana Márcia Vasconcelos de Paula Rodrigues, psiquiatra e psicanalista, membro associado da SBPRP, para através dos sonhos despertados pelo conto Famigerado, de Guimarães Rosa (1962) e da poesia Rio sem discurso, de João Cabral de Melo Neto. Para que nos ajude a pensar no mar de emoções e nos Sertões que nos habitam.
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Terças na Sociedade – O espírito dos nossos tempos: a psicanálise pensando as questões atuais – SBPRP
Referências:
NETO, João Cabral Melo. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1999.
ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias. Global editora, 2019.
SÁ E GUARABYRA. Sobradinho, 1977. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=naxgLThFCsc. Acesso em: 14 de dezembro de 2021.
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