O C&P de Ribeirão será realizado no próximo dia 26, desta vez com o filme “O Estranho que Nós Amamos”, com comentários de Luciano Bonfante, membro filiado ao Instituto da SBPRP.
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Sul da Virginia, 1864, três anos após o início da Guerra Civil americana. John McBurney (Colin Farrell) é um cabo da União que, ferido em combate, é encontrado em um bosque pela jovem Amy (Oona Laurence). Ela o leva para a casa onde mora, um internato de mulheres gerenciado por Martha Farnsworth (Nicole Kidman). Lá, elas decidem cuidar dele para que, após se recuperar, este seja entregue às autoridades. Só que, aos poucos, cada uma delas demonstra interesses e desejos por esse homem, especialmente Edwina (Kirsten Dunst) e Alicia (Elle Fanning).
Com sua chegada, a casa é estranhamente tomada por uma forte e perigosa tensão, que gera rivalidade entre as estudantes. Tabus são quebrados em uma inesperada reviravolta de acontecimentos.
Lançado originalmente em 1971, O Estranho que Nós Amamos, de 2017 surpreendeu por trazer uma certa virada psicológica ao trabalho habitual dos parceiros Don Siegel (diretor) e Clint Eastwood.
O longa foi baseado no Romance “A Painted Devil”, de Thomas Cullinan, de 1966, trazendo o gênero literário “Southern Gothic – O Gótico do Sul” (um romantismo obscuro), obras que exploram, no lado sulista americano, uma crítica social pelo naturalismo sinestésico aos acontecimentos trágicos e desumanos do passado, como a escravidão e o tratamento às mulheres.
A direção de Sofia Coppola (que também fez o roteiro) apresenta uma abordagem intimista, onde captura imagens de forma quase onírica, apostando em texturas como se fossem quadros impressionistas. Tudo é construído com imensa sensibilidade. Coppola opta por uma área cinza mais sutil e a narrativa mais vinculada ao ponto de vista das personagens femininas.
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