texto por Josiane Barbosa Oliveira e Guiomar Papa de Morais,
integrantes da Comissão Científica
Com esta provocativa chamada pretendemos colocar em pauta o tema do racismo.
Nosso evento de aquecimento da Bienal em agosto 2020, “Colonialidade e Racismo” contou com a presença de Wania Cidade e Dagoberto José Fonseca que o enfocaram sob a perspectiva da colonialidade.
São nítidos os traços demarcados pelas formas de dominação, segregação e aculturação do povo negro no Brasil.
Sequelas emergentes nos costumes nas dificuldades de pertencimento, nas autoimagens e que se cristalizam com as especificidades de nosso país, com a “decantada” democracia racial.
Não existe democracia enquanto existir racismo. Não se trata de radicalizar a discussão. Trata de identificar fatores que se interpenetram e permitir variadas vozes silenciadas.
Uma discussão ampla para qual a V Bienal da SBPRP pretende contribuir com reflexões e questionamentos.
Nesta mesa, Wania Cidade retorna e junto com Lia Vainer Schucman irão abordar o racismo sob a perspectiva da branquitude.
O ano de 2020 foi fundamental para o movimento negro do Brasil que, depois de uma longa história de lutas em prol da negritude, que remetem ao tempo da escravidão, tem conseguido de forma firme e consistente despertar em uma parcela do povo branco sua responsabilidade com as origens, desenvolvimento e destinos evdo racismo à brasileira: a branquitude está em pauta (Ignácio e Augusto Paim, Observatório Psicanalítico 218/2020). Ainda neste texto, encontramos a contundente constatação: “No Brasil existe dois tipos de pele: a pele alva e a pele alvo”.
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Wania Maria Coelho Ferreira Cidade é psicanalista, membro efetivo da SBPRJ e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro. Trabalhadora e pesquisadora do tema de Comunidade e Cultura, membro também da comissão executiva e da equipe editorial da seção Vórtice da Revista Calibán – FEPAL.

Lia Vainer Schucman, Universidade de São Paulo, possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2003), mestrado em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2006) e doutorado em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (2012). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em movimentos sociais, atuando principalmente nos seguintes temas: psicologia social, movimentos sociais, racismo, educação intercultural e identidade.
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