A V Bienal de Psicanálise e Cultura vem ocorrendo no formato on-line. O evento de aquecimento em agosto (“Colonialidade e Racismo”) e a abertura oficial em novembro (“100 anos do ‘Além do Princípio do Prazer’” e ”Das Atrocidades à irreflexão, de que maldade falamos”) constituíram-se em experiências fortes e emocionantes. As apresentações artísticas, da cantora ribeirão-pretana Fernanda Marx, da Orquestra Mundana Refugi e da Cia de dança Plêiade, foram arrebatadoras e nos introduziram, cada uma, ao tema das mesas que se seguiram: Fernanda cantando o racismo, a orquestra maravilhosa mostrando um trabalho único de convivência entre os povos e entre as diferenças e a dança tratando plasticamente da banalidade do mal.
As discussões sobre o racismo estrutural na sociedade brasileira, sobre os 100 anos do texto fundamental de Freud “Além do Princípio do Prazer” e as atrocidades de nosso cotidiano, abriram frestas no sentido da psicanálise se conectar aos problemas do mundo e, no resgate da tradição freudiana, contribuir para sua reflexão. As falas de Wania Cidade, Dagoberto José Fonseca, Ignácio Paim Filho, Douglas Garcia Alves e Sandra Bracco trouxeram importantes expansões para nosso universo psicanalítico: nos estimularam a pensar na formação do povo brasileiro, nas nossas raízes escravocratas, na questão da destrutividade que pode tomar caminhos cruéis e de aniquilamento das diferenças, no perigo do “não pensar” e da irreflexão.
Vamos acrescentar mais estímulos a estas reflexões com a V Bienal de Psicanálise e Cultura – Parte 2: o estrangeiro na psicanálise e o racismo. Inscrições até o dia 03 de fevereiro, cliquei aqui para garantir a sua vaga!
Iniciaremos fevereiro, nos dias 5 e 6, com a segunda parte da V Bienal, trazendo ao centro das discussões os temas do estrangeiro e do racismo. O documentário “A linguagem do coração” de Silvana Nuti abrirá a sexta; a psicanalista Miriam Debieux Rosa seguirão com o “O estrangeiro como conceito limite entre o político e o psicanalítico”. No sábado, “Isso é coisa de preto – sobre a invisibilidade do racismo”, será apresentado pelo professor e músico Rogério Miranda, pela psicanalista Wania Cidade e a psicóloga social Lia Vainer Schucman.
Contamos com a participação de todos vocês!
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