texto por Maruzza Cerchi, membro associado da SBPRP
Na manhã de sábado, dia 10 de abril, realizaremos o encerramento da V Bienal de Psicanálise e Cultura da SBPRP on-line – (Im)permeáveis fronteiras – com o tema: O psicanalista nas im-permeáveis fronteiras sociais, culturais e políticas.

Teremos como atividade cultural, a participação do psicólogo Sérgio Alécio, também instrutor de Yoga e analista junguiano em formação pelo Instituto de Psicologia Analítica de Campinas (IPAC), ligado à Associação Junguiana do Brasil (AJB) e ao Instituto Jung Suiça (IAAP), com especialização em Psicologia Analítica pela Unicamp.
Sérgio atende em consultório com psicoterapia individual e é supervisor de estágio na USP-RP. Sérgio já atuou em serviços de Saúde Mental do município de Ribeirão Preto, como o Hospital Psiquiátrico Santa Tereza, Centro de Atenção em Álcool e outras drogas (Caps-ad) e Hospital das Clínicas (HCFMRP-USP). E foi justamente, através da parceria entre uma dessas instituições em que trabalhava, com a Fundação Casa de Ribeirão Preto, que ele desenvolveu o desafiador projeto que irá nos apresentar na Bienal.
Sua participação será através da apresentação do vídeo produzido por ele: Pipas, meninos e muros, bem como, de um espaço, para que ele nos conte sobre suas experiências advindas do projeto social realizado nesta Fundação, que, inclusive, resultou na edição do vídeo citado. Resumidamente, este projeto foi realizado com adolescentes de 14 a 21 anos, em oficinas terapêuticas, cujas atividades propostas eram de um trabalho coletivo, onde cada garoto confeccionava sua pipa, e posteriormente, soltavam as mesmas, acompanhados pela riqueza sutil destas vivências e seus significados.
Dentre os inúmeros desdobramentos terapêuticos observados por Sérgio, sem dúvida, constatou-se a real aproximação do universo desses garotos, através deste convívio e das representações advindas desta experiência, através do “brincar”, possibilitando, inclusive, o início de um processo complexo de restaurações de ordem “traumáticas”, ou seja, um projeto onde a construção de fronteiras mais permeáveis, de fato, se realizou.
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