Está chegando o nosso próximo Cinema e Psicanálise de Ribeirão Preto! Enquanto isso, vamos nos aquecendo com algumas apresentações a respeito do filme “Julieta”, do instigante diretor espanhol Pedro Almodóvar.

Este é o vigésimo longa metragem de Almodóvar, inspirado em três contos da Nobel de Literatura e canadense Alice Munro, em 2013: “Ocasião” , “Daqui a pouco” e “Silêncio” do livro “Fugitiva”.

O filme retrata o relacionamento entre mãe e filha como foco central. O longa tem como personagem principal uma mulher de meia idade, Julieta (interpretada quando jovem pela atriz Adriana Ugarte e mais velha por Emma Suárez). Ela está prestes a mudar de Madrid para Portugal e recomeçar sua vida com um novo namorado, quando encontra uma antiga amiga de sua filha Antía (vista no longa em três tempos, bebê, adolescente e adulta), quem a faz desistir da mudança e coloca a protagonista numa espiral de lembranças. Julieta resolve, então, se mudar para um antigo apartamento também em Madrid, onde morou com Antía. Lá, começa a busca por sua filha, que está desaparecida há 12 anos. Assim, Julieta relembra sua vida desde antes do nascimento de Antía.

A narrativa traz o encontro de Julieta com o homem que virá a ser o pai de Antía, Xoan (Daniel Grao). Os dois se conhecem a bordo de um trem em uma viagem noturna, de tons ao mesmo tempo sombrios e eróticos. O que teria acontecido entre mãe e filha aos poucos se revela por meio de um longo relato que Julieta escreve em uma espécie de diário/carta a Antía.